As cidades espanholas junto à fronteira portuguesa são um dos destinos preferidos dos portugueses para escapadelas de fim de semana. Capitais provinciais como Samora, Salamanca ou Cáceres são bem conhecidas, mas hoje vamos olhar para cidades mais pequenas e baratas, mas também cheias de história e gastronomia. Se tiver um fim de semana livre e quiser fazer uma escapadela a Espanha, lembre-se das regras mais importantes e encha o depósito, a viagem começa.
Astorga: situada na província de Leão, é uma pequena cidade conhecida pelos seus monumentos e gastronomia. As torres da sua Catedral guardam uma surpreendente recordação do terramoto de Lisboa. A poucos metros da Catedral encontra-se o Palácio Episcopal de Astorga, a obra de Gaudí mais próxima de Portugal. E antes de começarmos com a gastronomia, temos de falar do seu Museu do Chocolate... No regresso a Portugal vamos trazer chocolate de Astorga, o chocolate de Santocildes é possivelmente o melhor. E também a cecina de vaca, um fumado que não tem nada a invejar ao presunto e que é tradicional na província de León. E, claro, provaremos o tradicional cozido maragato, um desses pratos que se cozinham numa região perdida do interior de Espanha e que deveria ser Património da Humanidade. Os melhores meses para visitar Astorga são outubro, maio e junho.
Cidade Rodrigo: mais uma pequena cidade com uma grande Catedral. Situada muito perto da fronteira, na província de Salamanca, a primeira coisa que nos chama a atenção em Cidade Rodrigo são as suas muralhas. Dentro delas escondem-se inúmeros edifícios senhoriais e alguns religiosos, todos eles testemunhas de um passado melhor. Esta pequena cidade, afastada das estradas principais, é um bom exemplo da chamada “Espanha esvaziada”. Os seus habitantes mantêm as suas tradições e uma gastronomia concebida para sobreviver aos invernos rigorosos. Ideal para uma escapadela na primavera ou no verão.
Trujillo: situada na província de Cáceres, Trujillo é uma cidade que surpreende os visitantes. As suas ruas calcetadas e o seu castelo dão uma ideia da riqueza que a cidade alcançou na época da conquista da América. Francisco Pizarro e Francisco de Orellana nasceram em Trujillo, razão pela qual a cidade viveu durante vários séculos entre dois continentes. Continua a ser uma paragem obrigatória numa viagem perto da fronteira. Qualquer mês fora dos meses de verão é uma boa altura para visitar Trujillo.
Sem comentários:
Enviar um comentário